segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Cuidados na escolha da colônia de férias

Atualmente as crianças têm uma vida bastante atribulada, repleta de horários e compromissos: escola, esportes, cursos extras (inglês, informática, artes), terapia, médicos - hoje a medicina é preventiva, exigindo idas semanais aos consultórios. Como exemplo, podemos citar os aparelhos ortodônticos, RPG - enfim, a agenda da criançada mais se parece com a de um profissional bastante ocupado. 

Sem tempo para viver a infância e brincar, sofrendo pressões para as quais ainda não está preparada, a criança acaba estressada, correndo até o risco de adoecer .Daí a importância do período de férias. Ele tem todo um sentido para a criança, servindo para relaxar, descansar, estar em contato com a família, brincar, passear, ficar de preguiça. Sem perceber a criançada descansa, carregando as baterias e preparando-se para dar conta das obrigações do período letivo seguinte.

Os pais também levam uma vida atribulada e nem sempre é possível tirar férias junto com os filhos ( por mais que desejem fazê-lo ), além de que as férias escolares são mais longas que as férias dos pais. Muitos serviços direcionados às crianças surgiram para atender às necessidades dos pais e não das próprias crianças. Para aqueles que precisam trabalhar nas férias escolares dos filhos, colocá-los em uma colônia de férias pode ser uma ótima opção, capaz de proporcionar momentos muito agradáveis, mas os pais precisam estar atentos a algumas questões importantes:
  • Conheça a proposta do espaço e as pessoas responsáveis pelo projeto. Não hesite em tirar todas as dúvidas. Pergunte sobre as atividades oferecidas, procedimentos em caso de acidentes, segurança dos espaços oferecidos, formação dos profissionais que acompanham as crianças.
  • A criança deve conhecer o espaço e pelo menos um adulto responsável, que possa servir como referência; ficar com pessoas estranhas pode gerar insegurança e medo. Quanto menor a criança, maior se torna a importância desse item. Se for necessário disponha-se a enfrentar um período de adaptação.
  • Organização é fundamental para a criança; além de permitir que a proposta funcione, a organização e a rotina trazem segurança. Mas não esqueça que seu filho está em período de férias, onde os horários não devem ser tão rígidos. Se ele desejar faltar um dia ou dormir um pouco mais naquela manhã, procure respeitar; não o faça ficar tão preso ao relógio.
  • Alguns locais oferecem a colônia de férias fora da cidade. A proposta pode ser genial, o lugar maravilhoso, mas seu filho deseja fazer isso? Sente-se seguro para ficar tantos dias longe de casa? É capaz de ser responsável pelos seus pertences? Você pode entrar em contato com ele e ele com você quando desejar? Existem idades e idades, crianças e crianças. O que é bom para o filho de um amigo pode não ser muito bom para seu filho. Escute com atenção o que ele tem a dizer. É possível que seu filho escolha viver essa experiência e diante de uma dificuldade se arrependa e peça para voltar para casa – esteja consciente disso.
  • Procure tirar ao menos um final de semana prolongado para estarem juntos, fazendo algo de diferente do período letivo. Não é preciso nada de tão dispendioso ou mirabolante – seu filho deseja estar com você. Fazer biscoito; um piquenique em um parque diferente; jogar; contar histórias; ir à praia no final da tarde são exemplos de atividades que podem ser super prazerosas para a família e verdadeiramente relaxantes para a criança.
Por Heloisa Coutinho, do site Criança em Foco.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Ideias simples de atividades com as crianças para o final de semana


Atividades que agradem a todos – os pequenos e seus responsáveis – podem parecer difíceis de encontrar, mas não são. Basta um pouco de criatividade para tornar um dia normal de descanso em dia especial e de pura diversão. Separamos aqui algumas ideias simples e baratas de atividades que você e os seus pequenos vão adorar fazer juntos. Confira!

Oficina de arte
Que tal montar uma oficina de arte na mesa da sala? A ideia aqui é fazer uma série de cartões e desenhos como o tema da sua escolha. Pode ser "mamãe", "papai", "vovó", "vovô" ou qualquer outro que sua imaginação permitir. Você pode até fazer cartõezinhos especiais para o Natal! Tenha em mãos papéis coloridos, cola, tesoura e lápis de cor para as crianças montarem seus “presentinhos”. Com toda a arte pronta, vale exibi-la num canto da casa ou presentear pessoas com o cartão. Quer coisa mais fofa que uma mensagem especial feita por uma criança? Qualquer um ama!

Piquenique
Parques, praças, praias ou até o gramado do jardim podem ser o cenário ideal para um piquenique com toda a família ou alguns amiguinhos. Organize os quitutes com delícias que os adultos e  as crianças adoram em uma cesta e leve com você uma bela toalha para estender no chão. Vale também aproveitar a ocasião para envolver todo mundo numa brincadeira como, por exemplo, mímica. Imitar um personagem da casa ou de um filme para adivinhação é super divertido – e brincando se aprende.

Oficina de pintura facial
Separe algumas tintas faciais e use a criatividade! (Use apenas tintas específicas para a pele.) Pinte a face da criança e permita que ela também pinte a sua. Aproveite para fotografar a arte e também ser fotografado pela criança - vale soltar o riso, o corpo e as caretas bem engraçadas! Imprima você mesmo as fotos e monte uma exposição artística em algum cantinho da casa. Seu pequeno vai olhar para o "cantinho da alegria" e lembrar sempre desse momento tão especial!
  
Karaokê
Soltar a voz num karaokê  ou videokê é ótimo para tirar o estresse e ainda dar boas risadas com seus filhos. Se não tiver um, alugue um aparelho, escolha as músicas que todos adoram cantar e aí é só pôr as cordas vocais para trabalhar. As crianças adoram e vocês podem criar também coreografias. Há inúmeros lugares que você pode alugar um  karaokê, procure um perto da sua casa.

Assar e confeitar um bolo
Um bolo gostoso com café no fim da tarde, quem não gosta? Uma boa ideia para passar uma tarde deliciosa é assar e confeitar um bolo com a(s) criança(s). Faça uma receita simples e deixe que o confeito seja o grande destaque. Granulado, glacê colorido, jujubas... junte as crianças para fazer uma decoração bem linda na cobertura! Se elas já forem grandinhas o suficiente, podem também lhe ajudar a preparar a massa. Você pode também fazer biscoitinhos e contar com a ajuda da(s) criança(s) para fazer a massa, enrolar ou cortar os biscoitinhos.


Noite do pijama
Aproveite o fim de semana para chamar uns amiguinhos da sua criança para dormir em sua casa. Dá para fazer várias atividades divertidas: oficina de sucata, oficina de pintura, brincadeiras (dança das cadeiras, pega-pega, esconde-esconde etc.), roda de leitura, sessão de cinema e pipoca, desfile de moda ou de fantasias, oficina de brigadeiro, entre tantas outras coisas que vão fazer do fim de semana inesquecível. Use a sua imaginação e não esqueça de registrar alguns momentos fotografando. Se quiser, imprima uma fotografia e entregue para cada criança guardar de recordação. 

E aí? Vamos começar a programar o melhor fim de semana em casa de todos os tempos?

Adaptado do Blog Surpresas da Vida


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

É hora de estimular a independência e a socialização das crianças

Com 1 ano de idade, seu filho ainda é pequeno e depende muito de você. Apesar disso, ele já começa a buscar maior contato com outras crianças e quer independência. 

Veja como você pode ajudá-lo na socialização sem se afastar dele:

Arrume um companheiro de brincadeiras
A partir do primeiro ano de idade, é hora de começar a socialização do seu filho, com brincadeiras que estimulem a independência dele. Nessa fase, é comum a criança gostar de estar na presença de outras crianças, mas ainda não interagir com elas. Os psicólogos chamam esse comportamento de "brincadeiras paralelas", em que uma criança brinca ao lado da outra, mas sem dividir o mesmo brinquedo.

Faça parte do universo do bebê
É nessa idade que os pais começam a ouvir muito "NÃO" dos filhos, que também começam a usar com frequência os possessivos ("meu carrinho", "minha boneca", "minha vez").
Isso acontece porque esta é a fase que as crianças estão começando a criar sua própria identidade. Não se afaste e procure buscar espaço no universo particular do seu filho. Observe o que ele gosta de fazer e se inclua na brincadeira, respeitando seus limites.

Imitação e identificação
Brincadeiras que envolvem imitações e associações também ajudam o bebê neste processo de formação da identidade. Vocês podem brincar juntos de imitar os bichos, reproduzindo os sons e movimentos corporais, por exemplo.
Outra dica é fazer joguinhos com imagens conhecidas: mostre um livro com figuras familiares para ele e peça para indicar o cachorro, a casa, etc. As musiquinhas e DVDs educativos infantis também vão ajudar no desenvolvimento da linguagem.

Por Paula Bosi, da Home IG.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Pediatra esclarece dúvidas de mamães de primeira viagem

Qual é a posição ideal para o bebê dormir? O que fazer se o bebê não acordar para mamar? Com quantos dias de vida o bebê já pode sair de casa para passear? Essas e outras inúmeras dúvidas são muito frequentes nos consultórios pediátricos.

As mamães, principalmente as de primeira viagem, têm muitas dúvidas a respeito dos cuidados necessários nos primeiros dias de vida do pequeno. Tudo é novidade. Com a chegada do bebê a família passa por algumas mudanças e cuidados que antes não tinham. O pediatra Ricardo Morando, médico do Hospital e Maternidade São Luiz, esclarece as 10 principais dúvidas das mamães.

Qual é a posição recomendada para o bebê dormir?
A posição recomendada é de barriga para cima por diminuir a chance de morte súbita. De barriga para baixo nunca e, de lado (90 graus), é arriscado porque é uma posição instável, o bebê pode virar sozinho.

Alimentar o bebê exclusivamente com leite materno é suficiente nos primeiros meses de vida?
Sim, até os seis meses de vida da criança. O bebê não precisa de água nem de chá até esse período. É mito dizer que os pequenos sentem sede. O que ocorre é que algumas mães voltam a trabalhar cedo, depois de 4 meses de gestação. Nesses casos a introdução de complementos ao leite materno pode ser feita.

Durante o período da amamentação a mamãe pode comer qualquer coisa ou deve evitar determinadas bebidas e alimentos?
Pode e deve manter uma alimentação saudável e bem equilibrada. Muitos dos alimentos que a mãe está ingerindo passam ao leite materno. E isso no futuro passa ao bebê. Por isso a importância dos alimentos saudáveis. Molhos picantes e comidas muito gordurosas devem ser evitados. Esses alimentos não fazem bem à mamãe nem ao bebê em qualquer estágio de vida.

É normal o bebê espirrar toda vez que a mãe vai trocá-lo?
Sim. O espirro é um mecanismo de defesa do nosso organismo. Toda vez que o bebê entrar em contato com vírus na fossa nasal ele vai espirrar. Na hora do banho, por exemplo, se entrarem partículas de água na narina ou até mesmo na hora de trocá-lo e a mamãe usar talco ou perfume, pode provocar o espirro no bebê. Isso é normal. O espirro nada mais é do que o organismo colocar para fora aquilo que causo irritação na fossa nasal.

Quais são as vacinas que devem ser tomadas nos primeiros dias de vida do bebê?
São duas vacinas: a BCG, que protege contra a tuberculose, e a primeira dose da vacina contra a hepatite B.

Quando a mãe pode sair com o bebê de casa para passear na rua?
O fator limitante é a mãe. Se ela ainda está com dor por conta do parto não deve sair de casa com o bebê. Depois de 10 dias do nascimento do pequeno, a mãe pode começar, aos poucos, sair com o filho para dar voltas perto de casa. Evite levar o bebê para locais fechados. Nos primeiros dias de vida a imunidade ainda não é completa.

Quantas horas de sono um bebê deve ter nos primeiros meses de vida?
Nos primeiros meses eles dormem mais ou menos 20 horas. Isso muda depois de 40 dias de vida. Ele começa a interagir mais com os pais, começa a dar risada e respostas. Depois desse período começa o sono quase parecido com os horários dos pais. A partir dos três meses eles começam a ter um período longo de sono noturno e alguns cochilos entre a parte da manhã e da tarde.

O que é a febre e quando a mãe deve medicar?
Febre é uma temperatura auxiliar de 37,5 graus. Nesse momento a mãe pode dar um antitérmico e dependendo da faixa etária da criança comunicar o pediatra ou ir ao hospital. Criança com menos de um mês de vida deve ir ao hospital imediatamente após a febre ser detectada. Entre 1 a 3 meses deve ter cuidados com febre acima de 39,0 graus e acima de 3 meses, se a febre for baixa, entrar em contato com o pediatra.

Quando voltar a trabalhar, a mãe deve colocar o bebê na creche ou contratar alguém para cuidar dele em casa?
O ideal seria que a criança começasse a frequentar a escolinha só com dois anos de idade. A melhor opção seria deixar o bebê em casa aos cuidados de uma babá ou algum parente de confiança.

Quais são os cuidados recomendados com o coto umbilical?
Deve ser limpo com algodão e álcool 70% no mínimo 3 vezes ao dia. A mãe não deve colocar faixa nem cobrir o local. Limpar a secreção amarelada até a base do umbigo também é muito importante. Se a higienização é feita corretamente, cerca de 15 dias depois do nascimento do bebê o cordão umbilical se desprende do umbigo.

Por Melina Souza, do site Bolsa de Mulher.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A importância do brincar


Pais não devem subestimar o valor das brincadeiras, essenciais para o desenvolvimento da criança.




O princípio VII da Declaração Universal dos Direitos da Criança, aprovada por unanimidade pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1959, já estabelece: toda criança tem direito ao lazer infantil. BRINCAR é essencial para o desenvolvimento do seu filho - e o valor da brincadeira não pode ser subestimado.

Brincar tem um viés que vai muito além da simples fantasia. Enquanto um adulto vê apenas uma criança empilhando bloquinhos, para o pequeno aquilo significa experimentar as possibilidades de construir e conhecer novas cores, formatos e texturas. "Para a criança, brincar é um processo permanente de descoberta. É um investimento", explica Tião Rocha, antropólogo, educador popular e folclorista, fundador do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, em Minas Gerais.

"A criança que brinca vai ser mais esperta, mais interessada e terá mais facilidade de aprender - tudo isso de forma natural", diz Ruth Elisabeth de Martin, pedagoga e educadora do Labrimp (Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos da Universidade de São Paulo).

Desenvolvimento
A literatura e as pesquisas demonstram que brincar tem três grandes objetivos para as crianças: o prazer, a expressão dos sentimentos e a aprendizagem. "Brincando, a criança passa o tempo, mostra aos pais e professores sua personalidade e descobre informações", resume Áderson Costa, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília.

Crianças menores, mesmo na companhia de outras, costumam brincar sozinhas. Para elas, o ideal são brincadeiras que estimulem os sentidos. Através deles, elas exploram e descobrem cores, texturas, sons, cheiros e gostos.

Por volta dos 3 anos elas desenvolvem outro tipo de brincadeira: o faz de conta. Imitar situações cotidianas - como brincar de casinha ou fingir que é o motorista de um ônibus - permite que as crianças se relacionem com problemas e soluções que passam do fazer imaginário para o aprender real.

A partir dos 5 anos, os pequenos estão aptos para incluir o outro nas brincadeiras. "É a fase em que elas deixam de brincar ao lado de outras crianças e passam a brincar com outras crianças", explica Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da Pontifícia Universidade de São Paulo.

Vale lembrar que o desenvolvimento infantil é individual. Algumas crianças começam a brincar com outras mais cedo, outras mais tarde - não há motivo para preocupação.

Estabelecer um horário diário ou semanal para brincar com seu filho é o primeiro passo para garantir que ele faça esta atividade com frequência. Muitos pais lotam a agenda dos filhos com afazeres extracurriculares, o que extingue o momento da brincadeira. "Toda agenda de criança deve ter um espaço diário para não fazer nada - é aí que surge o espaço para brincar", orienta Áderson.

Participar da brincadeira dos filhos também dá uma vantagem aos pais: conhecê-los melhor. Como a criança se expressa brincando, os pais observadores descobriram as vulnerabilidades e os pontos fortes de seus filhos. "Brincar juntos aumenta o grau de confiança e o vínculo entre pais e filhos", diz.

Dar brinquedos de diferentes materiais e tipos também é recomendável. Por isso, nada de entupir a menina só com bonecas e chegar com um carrinho debaixo do braço a todos os aniversários do menino. As crianças precisam experimentar de tudo. "Cada brinquedo traz uma mensagem e vai despertar o interesse e a curiosidade de alguma forma", ressalta Ruth.

O importante é o brincar, e não o brinquedo. É possível improvisar brinquedos com uma fruta, uma caixa de papelão vazia ou o que quer que esteja à mão. E não se preocupe se não puder dar a seu filho aquele carrinho movido a pilhas de última geração. "Só na visão do adulto um brinquedo eletrônico é divertido. Para a criança, brinquedo que brinca sozinho é enfadonho", completa Tião.


Como incentivar seu filho a brincar
Reunimos algumas recomendações de especialistas sobre as brincadeiras mais adequadas para cada faixa etária. O desenvolvimento infantil é individual, mas as crianças passam, cada uma a seu tempo, pelas fases abaixo. Todas as atividades devem ser desenvolvidas sob supervisão de um adulto e nos ambientes adequados.

- Até os 2 anos
Nesta fase, a brincadeira tem que estimular os sentidos. Correr, puxar carrinhos, escalar objetos, jogar com bolinhas de pelúcia são atividades recomendadas.

- 3 a 4 anos
Começam as brincadeiras de faz de conta. As crianças respondem a brincadeiras de casinha, de trânsito, de escolinha e de outras atividades cotidianas.

- 5 a 6 anos
Os jogos motores (de movimento) e os de representação (faz de conta) continuam e se aprimoram. Surgem os jogos coletivos, de campo ou de mesa: jogos de tabuleiro, futebol, brincadeiras de roda.

- 7 anos acima
A criança está apta a participar e se divertir com todos os tipos de jogos aprendidos, mas com graus de dificuldade maiores.

Por Clarissa Passos, do IG São Paulo.